4 de fevereiro de 2011

Soltar o vento da atitude




Subir
ao cume da vida
laçar todos os infortúnios
limar as arestas
com quereres profundos
Soltar o vento da atitude,
dizer não com convicção
num gesto mudo,
aplaudir-se olhando no espelho
encarando a face pálida
acreditar com determinação
a cada manhã pela transformação,
de não tratar a vida apenas
como se fosse mais um dia
porque se vive mas vivendo-os
para além do que se pode viver
fazendo dela dias de prazer,
mesmo chorando diante da impotência
de se sentir colhido por ela
sem nada ter feito para merecer
tal infortúnio.


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