4 de fevereiro de 2011
Dizes: estou nas nuvens meu amor!
Meu amor, ao segurares a minha mão
olhaste bem dentro dos meus olhos,
e dentro da tua visível prontidão
vi a escorregar aos molhos,
a felicidade que te envolve.
Por saberes que agora já sem riscos vivo,
por me veres melhorar em cada dia
o teu rosto encheu-se de alegria.
Louvo, agradeço e do céu que é o meu abrigo
recolho triunfante as bençãos merecidas
em taças erguidas a derramar vida.
Foram alguns os tubos que já me libertaram,
e nesta doce e magnífica esperança,
muitas foram as mãos que se ajuntaram
para ao céu elevar uma oração cheia de confiança.
O meu corpo agora, com os tubos permanentes
deixaram todas as tristezas ausentes
porque é por eles existirem que tu me dizes:
estou nas nuvens meu amor!
A tua alegria ecoa, derramando num belo sorriso
embriaga-me o teu contentamento, exalo o perfume
sabes bem que chorar não é preciso.
Deus sempre nos livra, quando não há queixume.
A esperança transborda, a confiança irmã da fé
rende-se ao amor, reveste-se de louvor e agradece
rasgando o coração que sempre se manteve de pé,
porque na resistência fez a casa com que tece
as bençãos do dia a dia, e é nessa fortaleza
que se testifica que só posso ser filha da realeza.
Meu amor, todo o teu querer, todo esse amar
a cair como pérolas dos teus olhos a rolar
celebram agora com as minhas lágrimas, a maturação
do néctar vertido e agora nesta superação
vejo o teu grito e o meu unidos nesta canção
que já não é mais um gemido mas apenas celebração.
19/01/2011
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