4 de fevereiro de 2011

Para deixar colidir este doce verbo amar.





Pendurei os meus gestos, na curva do teu amor!

Com eles cobrimos-nos debaixo do amor-cobertor.

Os nossos olhos fixam-se e ficaram ali a namorar
o bordado que pendia do lençol.

Nesta doce certeza de amar, procuramos
nas palavras alguns versos, atenuando dores.

Experimentando novos sabores com a voz
a derramar palavras de ternura,
neste aconchego repleto de candura.

Como um raio flamejante eis, que irrompe o sol
dentro do quarto e emudecemos resplandecentes.

Entregamos-nos com o peito a derramar
e dentro do nosso olhar flutuamos conscientes
nesta dimensão do sobrenatural.

Escrevemos testemunhos nas páginas
das nossas vidas, com a pena do amor-maior.

Abrindo de par em par as portas do coração,
para deixar colidir este doce verbo amar.

Com a razão de simplesmente existir e vida ser,
transformando a dor em sabedoria deixando-a verter.

Abrindo as comportas do coração que se escancaram
dentro do teu e do meu peito, como uma barragem
explode e liberta a água aprisionada,
explodindo como amor nesta doce fragilidade
que se veste de fortaleza.

Que feita de tenacidade se expande e liberta
nesta doce verdade, onde o amor acontece
se realiza e engrandece.

Amo-te tanto meu amor!

09/01/2011


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