4 de fevereiro de 2011

E sou feliz, amando e seguindo silenciando...






Com o silêncio
ouço os sons da minha alma,
aprendo a respeitar
as opiniões contrárias ás minhas.

Aprendo com o silêncio
a aceitar algumas desavenças
tornando-me humilde,
deixando o orgulho gritar
fora do meu coração.

No silêncio aprendo
a valorizar o belo,
reparo nas coisas simples
evito os conflitos,
das reclamações vazias
e sem qualquer sentido.

No silêncio construímos pontes
que nos levam a caminhos de paz,
com ele aprendi que a solidão
não é a pior inimiga nem o maior castigo,
pois existem, companheiros bem piores.

É no silêncio que aprendemos
a valorizar a vida, a olhar para o lado
e a desfrutar das maravilhas que temos
ao nosso lado gratuitamente.

Com o silêncio aprendemos
que tudo tem um ciclo,
como o mar e as suas marés
que vão e vêm,
tantas e quantas vezes
forem necessárias.

No silêncio ficamos em contacto
com a realidade dos pássaros que migram
e voltam ao mesmo lugar,
como a própria terra
que faz a sua volta completa
sobre o seu próprio eixo.

É no silêncio que valorizamos
e respeitamos a nossa vida
valorizando o dia a dia,
tornando cada dia exemplar,
dando o melhor de nós mesmos
para escrever a mais bela página
carregada de história.

No silêncio, enxergamos
as qualidades que possuímos,
equilibramos os defeitos
que temos e sabemos
que precisamos corrigir,
enxergando ainda aqueles
que ainda não tínhamos descoberto.

É nestes momentos de reflexão
que aprendo a valorizar o meu corpo,
deixando-o em harmonia e em sintonia
com pensamentos de paz, respeitando-o
valorizando-o sabendo que ele é um templo
neste santuário que é a minha vida.

Com o silêncio aprendo que é melhor
saber ouvir do que saber falar,
por isso calo-me, e escuto agora
o meu pensamento que de encontro
ao coração do Pai, voa livre de amarras...

E sou feliz, amando e seguindo silenciando...



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