4 de fevereiro de 2011

Mãos entrelaçadas pétalas com pétalas!



O prado verde anuncia
o desabrochar das margaridas,
o rouxinol a cotovia o sapo,
o gafanhoto, o grilo e o louva a Deus,
preparam uma alegre sinfonia,
o maestro cansado chega todo estafado
e anuncia: hoje é dia de euforia...

O esquilo, o castor, o ouriço
e o porquinho tagarela
estavam todos à espera
daquele maravilhoso espectáculo
da natureza e eufóricos diziam:
Vamos ver as flores desabrochar
e ao abrir de cada pétala,
o amor irá derramar...

Correram todos e foram buscar algo
para recolher o amor;
uns trouxeram vasos, taças, garrafas...

Só aquela menina da casa da esquina,
ficou ali quieta para não perder
um momento daquele crucial
desabrochar, flor a flor...

As margaridas gemiam,
era o amor a derramar,
lágrimas caíam, o suor escorria,
sorrisos desabrochavam,
mãos entrelaçadas pétalas com pétalas,
e o calor que emanava dos corpos aquecidos
pelo sol ao centro, eram a harmonia
que vinha de dentro do coração da menina
que ávida bebia o néctar do amor,
vertido flor a flor e agora feliz,
sabia que jamais seus olhos
se entristeceriam pois carregavam
nas pupilas o esplendor do sol
que brilhava no centro do coração
das margaridas que abrigava no coração.

Quando todos chegaram com taças copos vasos
e mil e um utensílios, para recolher o amor
vertido pelas margaridas, já a menina da casa
da esquina dormia no meio do campo, abraçada
pelas pétalas, aquecida pelo sol que brilhava
no centro do seu coração e derramava amor
pelos poros, porque para acolher o amor
é preciso escancarar a alma doar e receber...

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